sábado, 28 de agosto de 2010

Adormecida



Sem tristezas e sem mágoas,
é assim que ela chega em casa...
Vai despindo-se à luz da lua,
sobre as pernas põe as mãos lisas,
e sobre a cama deita-se em retiro...
Em seus sonhos ela voa como pássaro,
e quando acorda ela volta como nuvem...
Levanta-se na madrugada,
refresca-se sob a água,
faz sua caminhada,
senta-se sobre a pedra,
E pensa sobre seu dia...
Adormece num instante,
E quando vê já é de dia...
Sem tristezas e sem mágoas,
lava o rosto devagar,
Prepara o café,
E se retira a trabalhar...
Ao meio dia o almoço.
Às dezoito o descanso.
Vai pra casa.
Toma um banho.
Senta-se sobre o sofá,
E põe-se a pensar...
Adormece...
O silêncio eterniza a cena...

Rafael Monteiro Lenzi

Um comentário: