terça-feira, 14 de abril de 2009

A volta

Outra vez nasci
Morri jovem sem saber viver
Acompanhei as dores do mundo
Me mataram sem saber que eu não sabia viver
Roubaram os meus sonhos
Me maquinaram desde criança
Destruíram minha infância
Me condenaram quando nasci

O mundo é dual
E eu doei meu sangue
Para homens como eu
Que se achavam mais homens
Por possuírem riqueza
Tolos de alma! Mundanos!

Foi no silêncio da dor e do desespero
Que continuei lutando para ter o que comer
Porque a terra agora tem dono
Não basta plantar e colher
Tem que comprar com aquele dinheiro sujo
Que se arrasta nas mãos de pobres e ricos podres

O cheiro da elite exala egoísmo
Alias, nada melhor do que ter mais
Porque a posse é inversamente proporcional a compaixão
E o prato dos miseráveis sem pratos, não tem nada
A vida que o homem criou é uma farsa

Nenhum comentário:

Postar um comentário